Portugal já ultrapassou pico de novos casos | COVID-19 INSIGHTS COTEC-NOVA-IMS

  • Incidência deverá atingir a barreira de segurança dos 5.000 casos diários na segunda quinzena de Fevereiro.
  • Restrições ao nível da capacidade instalada retiram cerca de 240 doentes das Unidades de Cuidado Intensivo.
  • Actual confinamento com um efeito de a 80% a 90% do verificado em Março e Abril de 2020.

Os modelos do Dashboard COVID-19 Insights, uma iniciativa da COTEC Portugal e NOVA Information Management School (NOVA IMS), indicam que o pico da incidência já terá sido ultrapassado, tendo ocorrido por volta do dia 28 de Janeiro, com uma média móvel a sete dias de 12.800 casos diários. O pico da prevalência estará também a ser ultrapassado esta semana com cerca de 182.000 casos activos.

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Os números confirmam a previsão efectuada a 19 de Janeiro pelo COVID-19 Insights COTEC-NOVA-IMS, a plataforma que disponibiliza e analisa informação referente à pandemia e aos seus impactos, com recurso a métodos analíticos avançados, que apontava o pico da incidência para o período de 28 a 30 de Janeiro, com cerca de 12.500 novos casos diários. 

Para 7 de Fevereiro, as previsões do dashboard COVID-19 Insights apontam para o recuo da prevalência da infecção até aos 160.000 casos; o número total de mortes deverá ascender a 13.700 (o máximo terá sido atingido a 30 de Janeiro com cerca de 300 mortes/dia); o número de internados é estimado em 5.900, dos quais 825 em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), atendendo às actuais restrições ao nível da capacidade instalada. 

“Sem restrições ao nível da capacidade instalada, a nossa previsão para o número de internados seria de 7.300, dos quais 1.065 em UCI. Naturalmente que as restrições existentes impõem alterações aos critérios de internamento e em particular de internamento em UCI levando a que, a 7 de Fevereiro, se esperem em UCI cerca de menos 240 internados do que aqueles que seriam esperar com base nos critérios anteriormente aplicados”, explica Pedro Simões Coelho.

De acordo com os especialistas, o máximo de internamentos terá sido atingindo no dia 1 de Fevereiro, com 6.869 internados (sem restrições de capacidade instalada o pico teria sido de 8.500 internamentos); já o máximo de internamentos em UCI será, provavelmente, atingido por estes dias (3 de fevereiro) com cerca de 877 internados em UCI (sem restrições o pico seria de 1.230 internamentos em UCI).

“O Rt está neste momento ligeiramente abaixo de 1 e só deverá descer abaixo de 0.8 na segunda metade de Fevereiro, altura em que deveremos atingir a barreira de segurança dos 5.000 casos diários”, nota o coordenador científico do projeto.

A alteração das medidas de confinamento, nomeadamente as associadas ao encerramento das atividades escolares presenciais e a consequente redução de mobilidade, terão contribuído para uma diminuição da taxa de transmissibilidade do vírus em 35% a 40%, no espaço de uma semana. Na primeira semana de confinamento, o seu efeito terá sido de apenas 30-40% do sentido em março e abril de 2020 (relação entre as taxas de queda de transmissibilidade), sendo que, atualmente, se aproxima já do primeiro confinamento, com um efeito 80% a 90% do anterior. 

No final de janeiro, a mobilidade em locais de retalho e de diversão era de cerca de 90% da verificada no início de Abril de 2020 (durante o primeiro confinamento). A redução de utilização de transportes públicos e de presença em locais de trabalho é igualmente de cerca de 80% da verificada nessa data. Já a presença em zonas residenciais é de cerca de 90% da verificada em abril.

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