A Bolflex, empresa de solas para calçado, já há muito que procura formas de diminuir o desperdício. Criou, em 2013, uma unidade de reciclagem de borracha e outros polímeros, a RubberLink, mas que só quatro anos depois conseguiu começar a laborar em pleno. Um investimento de mais de 1,5 milhões e onde transforma pneus, sapatos e lonas velhas, mas também incorpora uma série de outros materiais, como a cortiça, a palha, o serrim, a casca de arroz, folhas de árvores e até borras de café, na criação da e-rubber, uma borracha desvulcanizada, produzida em “quantidade e qualidade” suficiente para abastecer o Mercado industrial europeu. E que pode chegar a incorporar até 90% de reciclados.Com 140 trabalhadores diretos e uma faturação que este ano deverá ser de 11 milhões de euros, a Bolflex espera que os reciclados assegurem já 45 a 60% do total da sua produção em 2020. “No mínimo”, diz o empresário, que prevê vendas totais de 13 a 15 milhões de euros no próximo ano. O novo produto tem Gerado interesse das grandes marcas nacionais e internacionais, e até de grandes retalhistas do mundo do vestuário.