Negligenciar “ângulos mortos” do ecossistema em que se irá inserir a inovação pode ser fatal

Compreender a estrutura de “ecossistema”, os parceiros críticos na respectiva cadeia de valor e as suas interligações fundamentais é essencial para o sucesso da inovação.

O que pode fazer fracassar a inovação? Mesmo as melhores e mais talentosas organizações, desperdiçam frequentemente tempo e recursos em projectos sem impacto económico. Uma boa ideia e excelente capacidade de resposta tecnológica não são de todo garantias de sucesso. Compreender a estrutura de “ecossistema”, os parceiros críticos na respectiva cadeia de valor e as suas interligações fundamentais é essencial para o sucesso da inovação.

Muita atenção aos “ângulos mortos”. Diversos exemplos mostram que negligenciar “ângulos mortos” do ecossistema em que se irá inserir a inovação pode ser fatal, seja em assegurar os complementos de mercado necessários ao funcionamento pleno da nova oferta, seja em garantir a propensão dos parceiros críticos para a adopção da inovação ao longo da cadeia de valor.

Sintomas de fragilidades estruturais. Apesar de haver excelentes casos documentados, apenas uma em cada cinco empresas com actividades de inovação declara ter algum tipo cooperação com algum tipo de entidade externa, seja com congéneres seja com o sistema científico e tecnológico. Outro sintoma das ligações frágeis que limitam o desenvolvimento de ecossistemas de inovação, é a baixa penetração nas empresas portuguesas de quadros com formação universitária de terceiro ciclo – que nas empresas portuguesas atinge menos de metade da média europeia.

A vitalidade dos ecossistemas é a sua diversidade. Como na natureza, a carência de ligações e contacto, seja entre empresas de diferentes maturidades, diferentes sectores de actividade e níveis de inserção em mercados globais, são factores limitadores do desempenho do sistema de inovação e assim do seu desempenho económico.
 

Políticas de acção colectiva e a cooperação público-privada são elementos essenciais para melhorar a qualidade das redes de inovação e o seu impacto económico, sobre os quais a COTEC tem acumulado experiência relevante nos últimos anos na área das acções colectivas, o que permite uma alocação eficiente dos investimentos no sistema de inovação de modo a ultrapassar estrangulamentos sistémicos e maximizar resultados.

Relacionados