Prémios de produtividade. As empresas que detêm direitos de propriedade intelectual (formalizada em registos de marcas, desenhos industriais e patentes) logram um incremento de receitas por trabalhador de 55% em relação aos não detentores. Nas PME, este prémio de produtividade atinge 68%, enquanto nas Grandes Empresas situa-se nos 18%.
A Propriedade intelectual tem impacto global no negócio. Para além do referido acréscimo da produtividade, as PME detentoras desta classe de activos referem outros benefícios como o reforço da imagem e reputação da empresa, melhor protecção da propriedade intelectual e perspectivas de negócio mais favoráveis a longo prazo.
“Não vejo benefícios”: esta é a principal razão para as empresas europeias não registarem direitos de Propriedade Intelectual, expressa por mais de um terço das empresas inquiridas.
Apenas uma minoria regista direitos de Propriedade Intelectual. As empresas nacionais que registam direitos de PI representam ainda uma minoria (13%) do total de empresas que declaram realizar actividades de inovação. No entanto, este grupo está em expansão, tendo crescido 15% entre 2016 e 2020.
A valorização de activos intelectuais: um calcanhar de Aquiles das empresas. A larga maioria das PME europeias não sabe como tirar partido dos seus activos intelectuais, ou mesmo onde encontrar apoio para o desenvolvimento de estratégias de valorização.
Em Portugal, apenas 2,4% das empresas inovadoras (cerca de cinco vezes menos do número de empresas que registam activos de propriedade intelectual) declaram terem licenciado, adquirido ou vendido estes activos.
A protecção e valorização da PI é determinante para a prosperidade económica. Estes resultados ilustram o ciclo virtuoso entre activos de Propriedade Intelectual, produtividade e os potenciais ganhos económicos das empresas incorporarem esta classe de activos intangíveis nas suas estratégias de negócio e encerram uma mensagem crítica aos decisores políticos na prioridade às políticas públicas de apoio.
