Confiança e propósito para vencer os desafios

É com sentimento de confiança e propósito que entramos na segunda década do século XXI, convictos que com estratégia, determinação, acção colectiva e investimento qualificado será possível vencer a complexidade, abrangência e natureza sistémica dos desafios colectivos que teremos que enfrentar.


A transformação do sistema de produção industrial, em funcionamento há mais de um século, será uma condição essencial para a transição energética imposta pela meta de neutralidade carbónica em 2050. O novo sistema industrial terá que ser capaz de fazer melhor aproveitamento dos bens produzidos ao longo de todo o ciclo de vida, dar resposta eficaz à escassez de matérias primas e reduzir o desperdício em toda a cadeia de produção, distribuição e consumo.


A boa notícia é que as deficiências do modelo industrial têm soluções com o conhecimento e tecnologias que já estão disponíveis e a preços tendencialmente cada vez mais acessíveis. O aprofundamento da Revolução 4.0 permitirá criar e consolidar possibilidades de inovação tecnológica e assim gerar novas soluções para problemas que hoje parecem insolúveis.
Para o cumprimento das metas políticas estabelecidas para a próxima década, Portugal terá que acelerar o ritmo da transição e ganhar velocidade relativa, que possibilite uma trajectória de convergência para as economias mais avançadas. Sendo a digitalização a força com maior potencial de ganhos de produtividade é, ao mesmo tempo, geradora de riscos de exclusão social, os quais terão que ser antecipados e mitigados. Para isso, precisamos de vencer a batalha mais difícil, a da qualificação das pessoas. Só assim será possível compatibilizar as condições de uma transição económica, social e ecológica sustentável.


Numa fase do ciclo económico que se antecipa mais desfavorável e exigente pela previsível desaceleração da economia global, que coincide com a transição dos programas de apoio público à Inovação, há que reforçar as condições de contexto de modo a permitir às empresas a execução dos planos de investimentos em curso e, em muitos casos, o seu reforço.
Neste novo ciclo, a COTEC contribuirá activamente para as metas de aproximação ao grupo dos países mais competitivos. Depois da mobilização e demonstração do 4.0, trata-se agora de ganhar escala na intervenção. Sabendo que apenas uma em cada quatro empresas portuguesas está preparada para tirar partido das possibilidades que se abrem com a revolução tecnológica, impõe-se uma intervenção com natureza capilar, e de proximidade. Esta abordagem só será possível em rede, aprendendo com quem vai à frente e partilhando e disseminando saber, e trabalhando em cooperação com empresas e associações empresariais, organismos públicos e instituições de interface. A comunidade empresarial irá beneficiar de referenciais, modelos e ferramentas de gestão de inovação, como o INNOVATION SCORING, o THEIA e o THRUST, que possibilitam acelerar e aumentar o retorno dos investimentos tecnológicos e o conhecimento nas empresas.


Como instituição líder na inovação, reafirmamos o nosso propósito de continuar a apoiar a economia e as empresas portuguesas na sua missão de criar riqueza e prosperidade para todos.

Isabel Furtado
Presidente da Direcção
COTEC Portugal

Ferramentas para uma abordagem estruturada à inovação

– Innovation Scoring
É uma ferramenta online que permite às organizações nacionais fazerem, de forma livre e gratuita, o auto-diagnóstico das suas capacidades e desempenho de inovação. Pretende contribuir para a reflexão estratégica das empresas, ou outras organizações, sobre os seus processos de inovação, possibilitando não só um conhecimento mais aprofundado das diferentes dimensões que sustentam tais processos, mas também a identificação de áreas de potencial melhoria.

– Theia
O Technological and Holistic Engagement for Industry 4.0 Assessment, modelo de avaliação da maturidade da Indústria 4.0, é uma ferramenta essencial para o autodiagnóstico das PME, através da qual é possível compreenderem o seu posicionamento, como estão a preparar-se e, sobretudo, identificar as áreas em que devem apostar. Já disponível no site da COTEC Portugal, assenta num questionário de 30 perguntas que orientam a empresa a perceber onde está hoje e onde pretende estar em três anos.

– Thrust
Ferramenta disponível online e que assenta em três pilares: gestão de processos (avaliação do que é feito); normas e certificação (avaliação da implementação de normas e suportes certificados na empresa e em setores específicos); e formação (avaliação da implementação de formações acreditadas ou capacitação em normas.

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