Siemens apoia optimização de processos

Encolher o time to market, aumentar a produtividade e reduzir os custos de produção são alguns dos benefícios proporcionados pela integração de todos os processos industriais numa única plataforma digital. Na indústria automóvel há casos de poupanças até 30%.

A transformação digital domina as agendas de grande parte dos gestores, mesmo dos das empresas que ainda não deram o primeiro passo, e para quem este processo de mudança é obrigatório caso queiram manter-se competitivas e capazes de dar resposta às crescentes exigências de um mercado completamente globalizado. Do lado de quem fornece as soluções, a Siemens propõe uma abordagem integrada de todo o processo produtivo, concentrando todos os processos industriais numa única plataforma, com recurso a sistemas de suporte à concepção, design, engenharia e simulação de produtos e soluções, através de ferramentas digitais que permitem a criação e simulação de modelos virtuais, os chamados digital twin. “Trata-se de um portefólio digital holístico, composto por diversos produtos e serviços, que acompanha toda a cadeia de valor com vista à sua transformação digital”, explica António Mira, responsável pela área da Indústria da Siemens Portugal.
Este portefólio inclui desde software CAD/CAM/CAE para desenho e análise estrutural de novos produtos, Product Lifecycle Management (PLM) para simulação de processos de software, máquinas, linhas ou fábricas inteiras, ou ainda plataformas de internet das coisas (IoT), que permitem a agregação e análise de dados com origem em qualquer elemento participativo da cadeia de processo.
Na perspectiva do cliente, as vantagens de uma solução deste tipo são bastante evidentes. À cabeça estará sempre a tão almejada redução de custos, quer ao nível do desenvolvimento, da engenharia, da produção, ou da criação de valor, mas também o encurtar dos tempos de resposta, essenciais para a competitividade e eficiência das empresas. “Com estes modelos digitais o cliente pode potenciar novos modelos de negócio”, reforça António Mira.
No portefólio da Siemens não faltam exemplos de sucesso na utilização destas plataformas digitais, desde a indústria automóvel à aeronáutica, passando pela alimentação e bebidas ou electrónica. Segundo António Mira, consoante o seu modelo, cada negócio retirará mais ou menos benefícios de uma cadeia de valor optimizada, com a qual está garantido o aumento de eficiência e de produtividade.
No que se refere, por exemplo, às vantagens na utilização de ferramentas de Product Lifestyle Management (PLM), essenciais na simulação de processos e de produtos antes da produção, o responsável da Siemens destaca a capacidade de maximizar o valor do portfólio de produtos das indústrias, gerar mais receita através de processos repetitíveis, configurar um sistema único de registo para dar suporte a diferentes necessidades de dados, garantindo que as pessoas certas vêem as informações corretas, no momento e no contexto certos, ou optimizar relacionamentos ao longo de todo o ciclo de vida do produto e entre as organizações. Esta ferramenta, mais do que um sistema de gestão e organização “pode e deve ser visto como uma estratégia empresarial”, reforça António Mira.
Num contexto de estratégia, o PLM permite que organizações globais funcionem como uma equipa única para projectar, produzir, suportar e descontinuar produtos, assegurando as melhores práticas recomendadas e as lições aprendidas ao longo do caminho. O PLM capacita o negócio para a tomada de decisões unificadas e orientadas por informações em cada estágio do ciclo de vida do produto, garantindo a inovação e a redução de custos.

Cloud e IA potenciam benefícios
Depois de darem o primeiro passo na transformação digital, após a optimização de processos e da automatização da cadeia de valor, muitas empresas industriais estão já a integrar tecnologias como a inteligência artificial, cloud, IoT ou realidade aumentada para tirarem ainda mais partido das plataformas digitais. Entre outras coisas, a utilização destas ferramentas tecnológicas permite a correcção de ineficiências instaladas no chão de fábrica, falhas previsíveis, ou simulação de cenários de operação alternativos com maior retorno para o cliente.
Além dos benefícios apontados, estas soluções permitem ainda uma maior colaboração entre os vários membros das cadeias de valor, uma vez que partilham, em tempo real, processos, produtos, objectivos e desafios operacionais que, associados a outras soluções operacionais, permitem uma agilização flexível da cadeia de processo em tempo útil, com vista à minimização, correcção e optimização de quaisquer processos com impacto na capacidade de entrega desejada.

€25 milhões para centros tecnológicos
Nos últimos anos, a Siemens Portugal tem apostado no desenvolvimento de um conjunto de centros tecnológicos de cocriação e ideação, com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento da Indústria 4.0 a nível nacional. Ao todo, a multinacional alemã investirá 25 milhões de euros até 2020, tendo já dois centros em funcionamento, em Alfragide (Lisboa) e Freixieiro (Porto). Para breve estão previstos outros, que podem vir a localizar-se em universidades de institutos politécnicos. Em 2018, o centro de Alfragide já havia desenvolvido 20 projectos e provas de conceito, em áreas como a impressão 3D, realidade aumentada, entre outras.
Em entrevista recente à EXAME, Pedro Pires de Miranda, presidente executivo da Siemens Portugal, destacou a forma como os avanços em áreas como a inteligência artificial, IoT ou a velocidade de computação estão a mudar a forma como indústrias de todos os tipos operam e desenvolvem os seus produtos, soluções e serviços. “Esta transformação digital será, em escala, abrangência e complexidade, diferente de tudo o que já se experienciou até ao momento”, reforçou. O CEO destacou ainda a importância dos centros tecnológicos inaugurados pela empresa para apoiar o desenvolvimento de projectos destinados à indústria, com base na utilização de novos elementos tecnológicos disponibilizados pela divisão Digital Factory. “É nestes espaços que, através dos equipamentos que disponibilizamos e da experiência e competências que temos, ajudamos a testar ideias e novos conceitos tornando-os realidade. São incubadoras de soluções digitais e, por isso, abertos a quem queira participar”, concluiu.

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